quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Tinks Kill (Fragmento)




- Sua voz não era de forma alguma doce, mais existia nela um veneno que me fez paralisar... Ela parecia ter saído de um filme bizarro e se divertia com meu olhar de angústia.
Ela chegou mais perto e me perguntou se gostava de poemas, ao afirmar que sim, ela recitou um poema que mais tarde descobri ser sua melhor resolução:

" Eu sou a mais nova perdição das almas
Não me julgue brisa nem furacão
Pois nos meus olhos foi escrito o ódio
E no meu corpo foi desenhado o perigo
Você sugou cada gota do meu sangue
Sem se dar conta
Que era uma droga mortal
Enquanto você brincava de guerra
Enquanto você inflamava seus ossos
Eu fugia, e lutava a sua batalha sozinha
Em sua partida meu silêncio te deu adeus
Deitada na grama, detonada ao lado do mausóleu
Sou apenas um entalhe no pé da sua cama
E você, só uma linha numa canção
Meus pequenos versos
São tão singelos...
Eu só queria andar livre
Pela escuridão da eternidade!
Acenda seu cigarro
E veja como me comporto
Por que fico melhor em fogo e fumaça..."

Me embriaguei com seus versos, inalei cada palavra.

- Descobri como era divertido falar de mim mesma na terceira pessoa!-

Estou enterrada até o pescoço em mentiras contraditórias
Estou muito ocupada fingindo que não sou simplória
Do chão
Para dentro do céu
Do céu
Para dentro da sujeira.

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